Mais uma vez.




“A próxima vez vou estar atento à tua fisgada
Encruzilhar-me na tua bancada,
Ficar num canto e não me mexer.
 
Mais uma vez, vou seguir todos os teus caminhos,
fugir fingindo que me vês sorrindo,
Para te ficar quando eu puder
 
Quero ser personagem de banda desenhada,
Onde me assumo numa cena errada
E em que todos me vão descobrir.
 
Quero ficar, um pouco mais dentro do teu casulo,
Faço de conta que sou teu, e tu és meu assunto,
Onde eu me entrego e tu te dás a conhecer.
 
Que ninguém vá onde vou, nunca estás onde estou.
Que ninguém fale de quem falou, nunca digas quem eu sou.
 
Da próxima vez, vou querer toda a tua atenção,
Vou esperar que me estendas a mão,
E que me deixes cair a seguir.
 
Mais que uma vez, puseste à prova o teu sexto sentido,
Depois dás o dito por não dito,
Como eu gostava de te compreender.
 
Quero ser, a solução do teu problema
Participando nesse mesmo esquema
Que só tu sabes entender.
 
Queria ter só um pouco desse teu talento,
Tiro as vogais e ponho os assentos,
Estou preparado para o que der e vier.
 
Que ninguém vá onde vou, nunca estás onde estou.
Que ninguém fale de quem falou, nunca digas quem eu sou.”
 
João Pedro Pais

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