200 e tal km/h

As estradas Portuguesas, infelizmente, têm limites de velocidade que muitas vezes não se adequam à realidade da estrada e dos condutores.
Se conduzirmos numa estrada nacional, com duas faixas e dois sentidos e com curva contra curva, caso não exista nenhum sinal vertical que re-limite a velocidade, podemos conduzir a 90 km/h, ou seja a apenas menos 30 km/h do valor máximo que se pode atingir numa auto-estrada com seis faixas de rodagem.
Ontem, aqui no escritório, no meio de um momento de pausa, falávamos sobre isso mesmo velocidade nas estradas, como muito cumpridora que sou, disse que de minha casa ao Algarve levava no mínimo 2h e 45 minutos três horas vá, e não podia parar em nenhuma estação de serviço, nem para fazer um xixizinho, durante os 350 km de viagem, escusado será dizer que fui completamente gozada, sim, porque os bons dos meus coleguinhas de trabalho disseram que o faziam em uma hora e meia, e ainda por cima paravam para beber café na estação de serviço.
imageRidículo, foi a minha resposta brilhantemente inteligente, o teu carro não faz uma média de 230 km/h, é só fazer as contas… Por minutos fiquei orgulhosa de mim mesma e da minha magnifica ginástica mental.

Mas o pior problema, estava para chegar, a verdade é que parece que os meus colegas não se estavam a regozijar mas sim, a dizer a verdade pois por sistema costumam andar a grandes velocidades. No meio desta conversa, um deles até fez referência à Alemanha, pois ai não existe limite de velocidade nas auto-estradas, e não se corria o risco, de como em Portugal apanhar uma multa.
A esta altura do campeonato, já eu estava completamente noutra, já pensava na minha velhinha professora de Físico-Quimica, aquela querida professora, que tinha um olho de cada cor, e nos seus ensinamentos de iniciação à física em que falava das forças, da velocidade, da aceleração e nas muitas fotografias de desastres de automóvel, em que do condutor e passageiros nem a alma se aproveitava, lembrei-me das dezenas de exercícios que fizemos, sempre com as mesmas premissas, massa do corpo, distância entre obstáculos, e velocidade, e agradeci-lhe, a ela e aos meus queridos paizinhos, pelo juízo e ponderação que ajudaram a criar nesta minha cabecinha.
Eu prefiro fazer Lisboa – Algarve em mais 75 minutos que os meus colegas e saber, pelo menos no que me diz respeito, que sigo viagem com a consciência tranquila, pois na questão da velocidade, não exagerei.
Não que nas estradas portuguesas, se verifiquem desastres apenas por excesso de velocidade, mas este factor nós podemos controlar, nós podemos assegurar a que velocidade queremos que o nosso veículo circule.

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