"As tácticas imorais (i.e., nojentas) do PS"

Falei aqui ontem delas a título de brincadeira, mas subscrevo inteiramente, todo este texto.


"Usar imigrantes pobres para compor o cenário de uma campanha é muito, muito baixo, mesmo para José Sócrates. É mau demais para ser verdade . Ir aos subúrbios mais pobres de Lisboa para sacar uns apoiantes em troca de uma bifanas é um acto nojento. Não tem outro nome: é nojento, vil, baixo, porco. Estas pessoas estão ali, porque estão à espera de sacos de comida. É isto a tal sensibilidade social do PS e de Sócrates? Ir ao Martim Moniz sacar uns tipos para encher o mini-estádio que Sócrates usa ao longo do país é uma acção nojenta. Estas pessoas não sabem português, mas seguem o PS, porque, ora essa, o PS dá comidinha e passeio.
Isto é que é a famosa sensibilidade social do PS? É isto? Sensibilidade social é usar os mais pobres dos pobres para compor o marketing? Isto, meus amigos, é nojento. Isto ultrapassa vários níveis da decência. Isto não tem nada que ver com diferenças ideológicas. Isto tem que ver com um mínimo de moral, um mínimo de decência. E, ao fazer isto, o PS desceu muito, muito baixo. Isto nem sequer é amoral, nem sequer é uma daquelas amoralidades maquiavélicas típicas da acção política. Não. Isto é imoral, isto é uma imoralidade completa. Isto é nojento. Eu compreendo as dificuldades que o PS, coitadinho, está a enfrentar na hora de encontrar pessoas para compor a sua máquina-eleitoral-para-jornalista-de-TV-ver. Mas isso não legitima autocarros com centenas de imigrantes pobres retirados ali do Martim Moniz ou das manchas de desemprego de Massamá e afins. Isto passa todos os limites.
O PS errou ideologicamente na política económica. Uma coisa normal. O PS errou politicamente na gestão desse erro económico. Algo um pouco mais grave, mas, ainda assim, dentro do aceitável. Depois, o PS entrou numa espiral amoral de mentiras e omissões no sentido de ocultar os seus erros anteriores. Aliás, tem sido esse o estado do PS desde 2009: a amoralidade, algo que já está fora do aceitável. E, agora, em forma de cereja no topo do bolo, encontramos estas acções de campanha que só podem ser classificadas de imorais. 
PS: espero que os indignados do costume, os donos da defesa das minorias façam alguma coisa em relação a isto.

By Henrique Raposo, a Tempo e a Desmodo in jornal expresso.

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