Salto de fé
Sempre fui crente, não me lembro de outra coisa desde sempre na minha vida. Os meus pais criaram-me na fé em Deus nosso Senhor, Jesus Cristo, na Virgem Maria, nos Anjos e Santos e na Santa Madre Igreja Católica, frequentei um colégio de freiras, fiz todos os volumes da catequese, sou batizada, crismada, casei pela Igreja, batizei os meus filhos, catequizo em casa, levo-os à catequese paroquial e manifesto Deus no nosso dia-a-dia. Dir-se-ia portanto que sou uma mulher de fé! Quando alguém se arrepende de ter vido com uma consciência da finitude total da vida no momento da sua morte e que, de uma maneira inexplicável, passa a creditar na existência da vida depois da morte, diz-se, que esse alguém deu um salto de fé. Que largou barreiras e abraçou a verdade da vida. Rompeu com o seu lado céptico e no escuro tem a certeza que do outro lado está alguém para o segurar. É um comprometimento absoluto com Deus. Por o que acabei de explicar acima, não poderia considerar que ontem dei um salto de