Escolhas ou Limites
Os códigos individuais de cada um de nós, somente a nós nos dizem respeito, somente nós temos de viver diariamente com os nossos pensamentos mais secretos, com os nossos sentimentos mais escondidos, com as verdades mais duras.
Ainda há pouco estava a falar com a minha mãe no messenger (sim eu tenho um pai que joga playstation e uma mãe que fala no messenger, e sim são uns velhotes à maneira), sobre precisamente isso, as escolhas que fazemos na vida, as opções determinantes que tomamos e o repercutir dessas mesmas preferências no resto da vida.
A nossa vida vale não pelo que temos nem pelo que somos, mas sim pelo que fazemos, pelas nossas acções, pelo nosso comportamento e conduta.
Ninguém é perfeito, mas será possível conciliar as determinações individuais e objectivos a todos os níveis? A conversa com a minha madrecita, pendia precisamente para esse lado, como conciliar uma vida profissional de sucesso com uma vida pessoal preenchida e rica de amor, alegria e realização.
Hoje fala-se tanto de tempo de qualidade, mas não é o tempo, por si só de qualidade!? Se estamos com quem gostamos, se não nos desprendemos do "urgente" e do "para ontem" das hierarquias e saímos a tempo de acompanhar o lanche, os trabalhos, o banho, as brincadeiras, a rotina, das crianças, dos maridos, dos pais, dos avós?
Não será tempo de qualidade essas pessoas saberem que estamos ali, “oh mãe não consigo apertar o casaco”, “oh mãe tenho champô nos olhos!”, “chega aqui sff. Queres que comece a tratar do jantar?”, “oh filha, temos de ir dar um voltinha pelos saldos”, "ai paizinho, tenho o carro tão sujo, precisa mesmo que o levem a lavar-se", “então vozinha, como está?”, será essa rotineira tão terrível?
O tempo não pára essa certeza tenho, e nós por mais bem organizados que sejamos não nos conseguimos dividir, clones humanos não obrigada, essa passo; logo as escolhas são uma inerência da vida, uma parte integrante da nossa passagem.
Mas a nossa profissão também nos deve realizar, não nos deve viciar é certo, mas deve completar-nos, afinal como eu dizia ao princípio a nossa vida vale pelo que fazemos, e o trabalho tal como o sofrimento edifica o homem.
Gostava de me sentir assim, realizada profissionalmente, sentir que todos os dias aprendo mais, sentir-me útil e efectivamente, no sentido prático da palavra necessária, mas cada vez mais sinto que vou ter de escolher, porque não me dão outra escolha, vou ter de escolher entre a ambição de ter uma carreira profissional reconhecida, e uma vida pessoal, onde serei lembrada para sempre, pelos que me rodeiam, sinto que terei de escolher, porque pelo menos aqui onde estou me marcam um limite muito bem definido, um limite em que percebo que não posso ter uma vida em que o profissional e o pessoal se cruzam em certos momentos do dia, mas apenas tratar de assuntos pessoais antes ou depois de entrar ou sair daqui.
Ainda há pouco estava a falar com a minha mãe no messenger (sim eu tenho um pai que joga playstation e uma mãe que fala no messenger, e sim são uns velhotes à maneira), sobre precisamente isso, as escolhas que fazemos na vida, as opções determinantes que tomamos e o repercutir dessas mesmas preferências no resto da vida.
A nossa vida vale não pelo que temos nem pelo que somos, mas sim pelo que fazemos, pelas nossas acções, pelo nosso comportamento e conduta.
Ninguém é perfeito, mas será possível conciliar as determinações individuais e objectivos a todos os níveis? A conversa com a minha madrecita, pendia precisamente para esse lado, como conciliar uma vida profissional de sucesso com uma vida pessoal preenchida e rica de amor, alegria e realização.
Hoje fala-se tanto de tempo de qualidade, mas não é o tempo, por si só de qualidade!? Se estamos com quem gostamos, se não nos desprendemos do "urgente" e do "para ontem" das hierarquias e saímos a tempo de acompanhar o lanche, os trabalhos, o banho, as brincadeiras, a rotina, das crianças, dos maridos, dos pais, dos avós?
Não será tempo de qualidade essas pessoas saberem que estamos ali, “oh mãe não consigo apertar o casaco”, “oh mãe tenho champô nos olhos!”, “chega aqui sff. Queres que comece a tratar do jantar?”, “oh filha, temos de ir dar um voltinha pelos saldos”, "ai paizinho, tenho o carro tão sujo, precisa mesmo que o levem a lavar-se", “então vozinha, como está?”, será essa rotineira tão terrível?
O tempo não pára essa certeza tenho, e nós por mais bem organizados que sejamos não nos conseguimos dividir, clones humanos não obrigada, essa passo; logo as escolhas são uma inerência da vida, uma parte integrante da nossa passagem.
Mas a nossa profissão também nos deve realizar, não nos deve viciar é certo, mas deve completar-nos, afinal como eu dizia ao princípio a nossa vida vale pelo que fazemos, e o trabalho tal como o sofrimento edifica o homem.
Gostava de me sentir assim, realizada profissionalmente, sentir que todos os dias aprendo mais, sentir-me útil e efectivamente, no sentido prático da palavra necessária, mas cada vez mais sinto que vou ter de escolher, porque não me dão outra escolha, vou ter de escolher entre a ambição de ter uma carreira profissional reconhecida, e uma vida pessoal, onde serei lembrada para sempre, pelos que me rodeiam, sinto que terei de escolher, porque pelo menos aqui onde estou me marcam um limite muito bem definido, um limite em que percebo que não posso ter uma vida em que o profissional e o pessoal se cruzam em certos momentos do dia, mas apenas tratar de assuntos pessoais antes ou depois de entrar ou sair daqui.
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