Os maridos e as viagens de amigos
Estou casada à 12 anos, não é nada de extraordinário, mas também não acho coisa pouca. Ao longo destes anos fizemos sempre tudo a dois no que respeita às viagens de lazer. Não houve momento algum que sem ser a trabalho um de nós deixasse o outro e os apêndices para ir com amigos.
Mas hoje foi o dia, o dia em que recebo uma chamada do mais-que-tudo para explicar que um grupo de amigos, pensou ir ter com um amigo emigrado lá para Novembro, fazer uma surpresa de aniversário.
Entusiasmado falava-me no preço da viagem e nos horários do voo!
Confesso, que se faltou o chão. Não estou a ser egoísta, nem controladora, não estou a ser possessiva em bota de elástico, mas a conversa pesou-me o ar.
Fiquei mesmo triste que ele estivesse feliz, numa viagem e que eu não estivesse incluída. Sei perfeitamente que ele não me ama menos por isso, mas aquela coisa de não ser um projecto dos dois tocou-me de uma forma que não sei explicar.
A individualidade dentro de um casal, deve ser preservada, eu não preciso, de estar em todos os programas que o meu marido faz, mas isto das viagens, de ir a uma sexta e vir a um domingo está mexer comigo.
Não quero castrar a sua felicidade, nem vontade de estar com amigos, não quero nem vou fazê-lo, tenho que gerir o desconforto por mim. Mas preferia que ele não tivesse ficado cheio de vontade de ir sem mim!
Não quero castrar a sua felicidade, nem vontade de estar com amigos, não quero nem vou fazê-lo, tenho que gerir o desconforto por mim. Mas preferia que ele não tivesse ficado cheio de vontade de ir sem mim!
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