Tempo de qualidade

Abraçar o conceito do tempo dedicado à família, de forma produtiva, satisfatória e significativa, como se, se usasse o tempo livre para equilibrar as nossas responsabilidades familiares com os prazeres e necessidades pessoais, como se naquele tempo nos dedicássemos em atividades diferentes de qualidade e excelência apenas àquelas pessoas, é o mesmo que andar em terreno movediço!

Tempo com os filhos e família, é sempre tempo, é estar! É estar na hora de ir levar à escola e ir buscar, é estar na hora do banho e do jantar! Nas horas das birras, das dores de barriga e das más disposições, nas horas das fitas à Hollywood. na altura de fazer os trabalhos de casa, e os de grupo. É ver televisão e esperar no calor dos balneários da natação, é esperar  no carro enquanto vão só ali ver uma coisa, ou buscar uma coisa e é bufar pelo tempo que estamos à espera, é fazer esforço para conseguir encaixar atividades para todos, é acompanhar no que gostam mais de fazer ou a onde gostam mais de ir, é acompanhar quando os trabalhos exigem noitadas, é não pensar no individual, mas pensar no todo. E não vale acusar que perdemos a nossa essência, ou âmago, porque se o todos pensa no todo, estamos incluidos e portanto garantidos.

O exemplo clássico da corrente tempo de qualidade é  ver televisão, as familias sentadas a verem um filme, identificando que nesses momentos não há interação, mas quando vemos televisão com outros, vemos os outros no seu rir, no seu chorar, nos seus nervos, ou reclamações, nos seus comentários e ideias. Conseguimos fazer parte do imaginário, do pensamento e encontrar pontes para a união.

Acredito que foi a pressão da sociedade produtiva e eficiente que criou este conceito do tempo de qualidade, mais ou menos para que eu não precise de me sentir culpado caso não esteja todos os dias nas rotinas, ou caso eu tenha dentro da minha familia as minhas rotinas individuais e exclusivas que não se cruzam nem combinam com as dos outros, e depois posso compensar com a presença num momento de vivência espetaculamente divertido. A comparação entre as conquistas diárias e as conquistas dos momentos de felicidade quando se fazem coisas divertidas, não tem o mesmo denominador comum, e para mim, seguramente que uma não invalida a outra.

É difícil, gerir os conflitos que o que as responsabilidades profissionais nos exigem, nos consomem, mas muitas vezes, a maioria das vezes somos nós que dependemos demais do que os outros pensam e dizer, e a grande distração é essa mesma, que nos desvia do pensamento lúcido, sobre o que realmente importa, fsobre as nossa prioridades e escolhas requer mais do consciência do que é importante, requer enfrentar medos de rejeição e estagnação profissional e assumir, que podemos viver com menos material e mais tempo.

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